


Tenho um nome e toco o mundo
Mas para além de toda solidez
É na pausa, na vírgula, na íngrime
vertigens das entrelinhas
Que me dobro sobre a vida
Cuido em ser veloz como as reações
do corpo
Cuido em ser veloz
Plantando espasmos e coando luzes
Assim o dia amará persianas
erguidas e sol sobre o assoalho
Imrrompendo no sempre mesmo
desfolhar selvagem
Do gesto de carinho sobre a face
Típica história de amor &
morte
Típica história dos nossos dias –
sentimento precário
Investimento de risco que
interrope o sempre mesmo gesto
Na sempre mesma hora, no sempre
mesmo lugar
O nome se repete
E já não respira as artes dos
samurais
A guerra como dança – conquista do
desejo sem lembrança
Por isso
Quando tudo se faz mais luminoso
INTERDIÇÃO:
& susto
& pergunto
& até então me movo com um
ímpeto absoluto
Até entaõ o sonho fabrica
entranhas consepções de quase mundo
Até então, até então o poema não
produziu nenhum fruto
Até então quase – bem distante
Sandro Ornellas - Trabalhos do Corpo e Outros Poemas Físicos
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