
Iderval Miranda nasceu em Feira de Santana (BA), em 17 de novembro de 1949. Formado em Letras pela Universidade Estadual de Feira de Santana. É mestre em Linguística pela Universidade de Brasília e professor da UEFS. Participou das publicações das revistas Hera, Serial, Atos, Aldeia, Tapume e o Lixo, entre outras.



Autor de Taça de tule (1974), Então (1972/2012), Festa e funeral (1982), O azul e o nada (1987), O veneno e sua essência (1991) e Oficina estrela (1985-2008). Integrou a coletânea de poetas baianos Oitenta(1996) e a antologia A poesia baiana no século XX (1999), organizada por Assis Brasil. Citado na Enciclopédia de literatura brasileira (1990), organizada por Afrânio Coutinho e J. Galante de Sousa. Resenhado por Paulo de Tarso Jardim, naRevista de poesia e crítica (1983), e Sérgio Rubens Sossélla, nas revistas O regional (1982) e Panorama (1984).
Breve Metafísica
Iderval Miranda
Já não me bastam as pequenas fantasias,
Os volúveis sonhos, as noites de desespero.
Diante de mim,
O deserto da grande espera
E o infindável horizonte do nada.
Assim caminharei,
Por sobre pedras e espinhos,
Buscando em carne e espírito
O que foi sem nunca ter sido.
A Rosa
Iderval Miranda
A rosa é uma câmara de tortura
pois cada espinho
é uma gota de sangue
que escorre dos dedos convulsos.
Dia haverá em que a rosa será uma rosa
uma rosa
uma flor
não mais que uma flor
e dos dedos calmos
somente escorrerão gotas de suor.
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