Gregório de Matos
Gregório
de Matos (1636-1695) foi um poeta brasileiro. Desenvolveu uma poesia
lírica e religiosa, mas se destacou por sua poesia satírica,
recebendo o apelido de "Boca do Inferno".
Gregório
de Matos (1636-16965) nasceu em Salvador, Bahia, no dia 23 de
dezembro de 1636. Filho de pai português e mãe baiana, frequentou o
Colégio da Companhia de Jesus. Foi estudar na Universidade de
Coimbra. Em 1661 já está casado e formado em Direito. Neste mesmo
ano, é nomeado juiz em Alcácer do Sal, no Alentejo. Volta à
Salvador, nomeado procurador da cidade, junto a corte portuguesa.
Fica viúvo e casa-se novamente.
Além
de grande poeta, fez também um trágico retrato da vida e da cultura
baiana do século XVII. Como não havia imprensa no Brasil Colônia,
seus poemas tiveram circulação escrita e oral. Sua produção
poética pode ser dividida em três linhas: satírica, lírica e
religiosa. Seus poemas líricos e religiosos revelam influência do
barroco espanhol. Sua poesia satírica é do tipo que ataca sem
compostura, toda a sociedade baiana, da qual ele se sentia um censor
e uma vítima. Por suas críticas ferinas, recebeu o apelido de "Boca
do Inferno".
Em
1694, por suas críticas violentas e debochadas às autoridades da
Bahia, é degredado para Angola. Em 1695 recebe permissão para
voltar ao Brasil, mas não para a Bahia. Vai viver na cidade do
Recife.
Gregório
de Matos Guerra morreu no Recife, no dia 26 de novembro de 1695.
Gregório
de Matos não publicou nada em vida. A totalidade de sua obra se
manteve inédita, até quando Afrânio Peixoto a reuniu em 6 volumes,
publicados no Rio de Janeiro, pela Academia Brasileira de Letras,
entre 1923 e 1933, sob o título de "Obras de Gregório de
Matos".
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