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sábado, 7 de novembro de 2015

Poema

Dança


ziguezagueio ruas esquinas
corpo vazado               gestos de vento
entreato               agora imediato
torpor de risos               e rosto
repleto de amanheceres e ombros nus
livre dos escombros
                                       coreografo o acaso
e uma dança é uma dança é uma dança é uma dança
um rodopio no ar               os pés em desatino
um infinito ensaio em vida
giro assim meus dias               um solo um salto             
sendo eu o estrépito               meio acrobático
sendo eu o estrépito desconhecido
a rondar por perto de tudo

Sandro Ornellas - Trabalhos do Corpo e Outros Poemas Físicos

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